Essa sou eu:

Estudante do curso de Licenciatura em Geografia, pela Universidade do Estado da Bahia, 26 anos, atualmente estou cursando o 7° semestre. O curso é uma realização pessoal e profissional, já que se tornar professora em uma universidade publica é um privilégio de poucos, principalmente para quem veio da roça e sendo negra enfrenta todos os dias os disparates da sociedade e encarceradora, querendo sempre manter-nos a margem do sistema. Enfim uma experiência gratificante e só tenho a agradecer.




ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA III

Apresentação:

O Estágio Supervisionado de Geografia IV foi realizado no Colégio Gilberto Dias de Miranda, no Município de Jacobina, Bahia, em turmas do 6º ano vespertino.

Para a formação do professor o estágio é o principal meio de vivencia do cotidiano escolar, é por meio dele que o aluno de licenciatura adentra a prática da formação docente. Segundo Santos e Araújo (2017,p.426), o estágio promove a reflexão e preparo do professor, trazendo em si a interação dos conhecimentos, a compreensão da escola, as políticas educacionais com experiências concretas e a identidade do professor. E corroborando com a ideia Pimenta (1997) diz que: 

O estágio supervisionado torna-se imprescindível no processo de formação docente, pois oferece condições aos futuros educadores, em específico aos estudantes da graduação, uma relação próxima com o ambiente que envolve o cotidiano de um professor e, a partir desta experiência os acadêmicos começarão a se compreenderem como futuros professores, pela primeira vez encarando o desafio de conviver, falar e ouvir, com linguagens e saberes distintos do seu meio. (PIMENTA, 1997,p.6)

É no período em que o estágio se desenvolve que a relação da práxis, que é a prática em conjunto com a teoria, são evidenciados e com o tempo em que decisões precisam ser tomadas, principalmente a respeito da profissão que irá assumir. E nesse contexto se da aplicação de conteúdos que foram adquiridos em sua vivência escolar. O estágio é "um retrato vivo da prática docente" ((PIMENTA;LIMA,2010,p.124)   e, por intermédio dele, os estagiários sentem efetivamente a realidade da educação atual." Compreender a escola em seu cotidiano é condição para qualquer projeto de intervenção, pois o ato de ensinar requer um trabalho específico e reflexão mais ampla sobre a ação pedagógica que ali se desenvolve" (PIMENTA;LIMA,2009,p.120)

O estágio supervisionado se caracteriza pela ação docente em busca do aprendizado, em sala de aula, o estagiário é o ator principal desencadeando um papel de centralizador do conhecimento e os alunos são os coadjuvantes aqueles que recebem, mais que com suas vivencias apontam os próprios. e nessa perspectiva que são elencados diversas conclusões a partir da vivencia nos estágio, a começar pelo que aprendemos durante este tempo, corroborando para a dedução de aprendemos mais na prática do que somente com a teoria, em que muitas vezes o aluno tem muito mais a ensinar, outro aspecto é a importância da avaliação desse aluno, de como esta sendo seu aprendizado e se realmente esta acontecendo, o que lhe é mais favorável no ensino que esta sendo prestado, e se realmente esta funcionando a estratégia de ensino, e nessas circunstancias o estagiário tende a observar o tipo de abordagem é necessária para a escola e principalmente a decisão da pratica teórica. Buriolla (2001) conjectura que: 

O estágio é concebido como um campo de treinamento, um espaço de aprendizagem do fazer concreto, onde um leque situações, de atividades de aprendizagem profissional que se manifestam para o estagiário, tendo em vista a sua formação. (BURIOLLA, 2001, p. 13).

E esse é o momento de descoberta do sim ou não, se realmente ´é o que deseja ser como professor de Geografia.

COPARTICIPAÇÃO:

EXPERIÊNCIAS DE COPARTICIPAÇÃO:
EXPERIÊNCIAS DE COPARTICIPAÇÃO:

A coparticipação é a ação de participar de algo. No estágio se trata de auxiliar o professor. 

Em função do Estágio Supervisionado, a coparticipação é o segundo passo a ser feito, e através dele o estagiário estabelecer uma conexão com os alunos, o professor e a escola.

Os principais pontos foram: 

-a participação na atividades que foram proposta pelo professor regente, onde houve a interação com qual tipo de atividade são aplicadas em determinada turma,

-a colaboração para o aniversário da escola: os alunos elaboraram uma peça de teatro.

-a distribuição de atividades em sala de aula.



                                          Regência

  A regência é o principal momento do estágio supervisionado, é a partir dela que embarcaremos no mundo escolar, em princípio nos preparando e construindo os conteúdos abordados no contexto dela. Carvalho ( 2012), sinaliza que: É no período de formação profissional que o estagiário deve observar o quanto o aluno aprende com atividade prática, o quanto se motiva antes, durante e após uma aula prática, e sentir, durante sua iniciação ao magistério, o que ele já estudou teoricamente: o significado da experimentação, do concreto, na formação dos conceitos teóricos. (Carvalho, 2012, p. 69). E é o momento da demonstração daquilo que lhe foi atribuído durante o curso, principalmente na caracterização das aulas, no planejamento e em cada plano de aula escrito e colocado em prática. A regência contribui de maneira absoluta para a colaboração do aprendizado do estagiário, elencando uma troca de saberes entre o professor regente, o estagiário e a escola. 

  Recursos:

Foi caracterizada num processo de seis semanas, com aulas em duas turmas, 6º ano C e D, foi utilizada uma metodologia que a professora regente já usava, o que contribuiu para que continuasse o processo de costume, desenvolvendo temas que eram tratados no livro de didático, como: Orientação, Meridianos, Paralelos, Localização e Cartografia. Ocorreu a utilização de mapas impressos, incluindo o Mapa Mundi, textos, atividades impressas, quiz de perguntas e respostas, etc.

Pontos positivos: 

*A convivência com os alunos nos permite, como estagiários, aprofundar a percepção das mudanças ocorridas durante os anos. 

*A compreensão da representação da escola para toda a sociedade, principalmente com espaço de acolhimento diversificado.

*O aprofundamento do saber docente na vida dos alunos, desencadeando uma relação professor X aluno, onde este busca no professor o entendimento de orientador.

*A observação das situações que serão enfrentadas na sala de aula, e como será nossa contribuição no meio escolar.

*Aprendizado de conteúdos que eram de conhecimento superficiais e que foram essenciais para a regência.

*Acolhimento da escola, e da professora regente que foram essenciais para o estágio.

Pontos negativos:

*Falta de recursos específicos que poderiam contribuir para um melhor desenvolvimento da regência.

*Turmas com alunos desinteressados e que faltam bastante.

*Falta de interesse de alguns alunos.

*Salas de aula desestruturadas e com grande número de alunos.

*Turma em especifico com todos os alunos repetentes.

* Falta de livros didáticos, como auxílio na aprendizagem.

 

              

Atividades e recursos:

Foi trabalhado os tipos de mapas, e suas funções, cruzadinha, quiz, entre outras atividades.

OBSERVAÇÃO:

O período de observação foi favorável para descobrir o contexto da escola física, evidenciando como é o trabalho de cada setor, desde a parte administrativa, coordenação e diretoria até a cantina. Para Callai 2011; 

A escola é o lugar do acesso ao saber sistematizado enquanto um direito social de formação para a inclusão das pessoas do mundo da produção, do consumo ou da vida social e cultural contemporânea. Na escola necessária ao estágio atual de desenvolvimento da sociedade, compatível com a formação de sujeitos sociais ativos, é preciso dispor de um ambiente escolar que oportunize e instigue a participação qualificada dos alunos, professores, funcionários, pais e ainda, de outros sujeitos da comunidade. (CALLAI 2011, p. 185.)
OBSERVAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Gilberto Dias de Miranda fica localizado na rua Antônio Vieira de Mesquita, s/n, no bairro Vila Feliz.

Modalidades de ensino:

Ensino Fundamental I e II, Tempo Juvenil, EJAI (Educação de Jovens, Adultos e Idosos.

Funcionamento:

Matutino, vespertino, noturno.

Quadro de funcionários:

Professores: 85

Administrativo: 29

Diretor: 1

Vice diretores: 3

Secretários escolar: 1

Coordenadores Pedagógicos: 5

A escola

Visão:

Ser uma escola de referência no ensino de qualidade ,inclusão e ações transformadoras da realidade dos alunos, colaborando para o desenvolvimento de seus educandos enquanto cidadãos proativos, tornando-os capazes de atuarem na sociedade de forma autônoma e significativa.

Missão:

O Colégio Gilberto Dias de Miranda tem por missão garantir o acesso e a permanência de todos/as, ser uma escola inclusiva, que respeita a diversidade religiosa, de gênero, étnica, promovendo a igualdade e participação da comunidade, melhorando os índices de avaliações internas e externas, visando à formação integral dos sujeitos críticos, autônomos, éticos e solidários.

Valores:

A unidade escolar tem como valores respeito, dignidade, ética, responsabilidade, justiça, honestidade, amizade, solidariedade, compreensão, confiança, autodisciplina, paz, amor e fraternidade, os quais serão desenvolvidos através de ações pedagógicas norteados por estes princípios que refletiram de forma positiva na construção da cidadania.

Relato de experiência: Estágio Supervisionado III, ensino fundamental 2

Todo o estágio supervisionado foi de grande importância, desde o preparo em sala de aula, na UNEB, até o momento da regência. Cada processo foi contribuinte, nos adequando ao contexto da sala de aula, na escola, e principalmente para desenvolver o saber docente. Esse período propiciou a criação de vínculos, o conhecimento de novas pessoas que, mesmo não pretendendo foi de grande importância, também foi caracterizado por novas experiências sociais, no vislumbre de uma grande massa de crianças e adolescentes buscando o seu lugar no mundo e demonstrando suas opiniões e vivências. Foi um processo fadigoso, mas que sempre valerá a pena.  

Referências:

BURIOLLA, M. A. F. O estágio supervisionado. São Paulo: Cortez, 2001.

CALLAI, Helena Copetti. Educação geográfica: reflexão e prática. Ijuí: Ed. Inijuí, 2011. p 185- 210.

CARVALHO, A. M. P. de. Os Estágios no curso de Licenciatura. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

COPETTI CALLAI H. (1). O conhecimento geográfico e a formação do professor de  Geografia. Revista Geográfica De América Central, 2(47E).

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, SELMA GARRIDO et al. A construção da didática no GT Didática–análise de seus referenciais. Revista Brasileira de Educação, v. 18, n. 52, p. 143-162, 2013. _______. Formação de professores - saberes da docência e da identidade do professor. Revista Nuances, v. 3, 1997.9.

SANTOS, Ivaneide Silva dos; ARAUJO, J.G. Operacionalização do Estágio Supervisionado na licenciatura em Geografia no contexto das reformas curriculares contemporâneas. In: Ângelo José Muria; Márcia Ângela da Silva Aguiar. Antônio Flávio Barbosa Moreira (Org.). Currículo,  formação e trabalho docente- Anais do XII Colóquio sobre questões curriculares/ VIII Colóquio luso-brasileiro de currículo/ II Colóquio luso-afro-brasileiro de questões curriculares. 1ed.Recife,PE;ANPAE,2016, v. 1,p 426-434.

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